domingo, dezembro 11, 2011

Surrealismo


SURREALISMO



Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surgem movimentos estéticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade.

O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente. Suas origens devem ser buscadas no dadaísmo e na pintura metafísica de Giorgio De Chirico.
Este movimento artístico surge todas às vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito crítico, o que vale é o impulso psíquico. Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle.

A publicação do Manifesto do Surrealismo, assinado por André Breton em outubro de 1924, marcou historicamente o nascimento do movimento. Nele se propunha a restauração dos sentimentos humanos e do
instinto como ponto de partida para uma nova linguagem artística. Para isso era preciso que o homem tivesse uma visão totalmente introspectiva de si mesmo e encontrasse esse ponto do espírito no qual a realidade interna e externa são percebidas totalmente isentas de contradições.

A livre associação e a análise dos sonhos, ambos métodos da psicanálise freudiana, transformaram-se nos procedimentos básicos do surrealismo, embora aplicados a seu modo. Por meio do automatismo, ou seja,
qualquer forma de expressão em que a mente não exercesse nenhum tipo de controle, os surrealistas tentavam
plasmar, seja por meio de formas abstratas ou figurativas simbólicas, as imagens da realidade mais profunda do
ser humano: o subconsciente.

O Surrealismo apresenta relações com o Futurismo e o Dadaísmo. No entanto, se os dadaístas propunham apenas a destruição, os surrealistas pregavam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases. Os surrealistas pretendiam, dessa forma, atingir uma outra realidade, situada no plano do subconsciente e do inconsciente. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atração sobre os surrealistas, e nesse aspecto eles se aproximam dos românticos, embora sejam muito mais radicais.

Abstracionismo


ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO



A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.

Abstracionismo Geométrico ou Formal, as formas e as cores devem ser organizadas de tal maneira que a composição resultante seja apenas a expressão de uma concepção geométrica.

Neoplasticismo, seu criador e principal teórico foi Piet Mondrian. Onde as cores e as formas são organizadas de maneira que a composição resulte apenas na expressão de uma concepção geométrica. Resulta às linhas verticais e horizontais e às cores puras (vermelho, azul e amarelo). O ângulo reto é o símbolo do movimento, sendo rigorosamente aplicado à arquitetura.

PIET MONDRIAN (1872-1944), pintor holandês. Depois de haver participado da arte cubista, continua simplificando suas formas até conseguir um resultado, baseado nas proporções matemáticas ideais, entre as relações formais de um espaço estudado.
O artista utiliza, como elemento de base, uma superfície plana, retangular e as três cores primárias com um pouco de preto e branco. Essas superfícies coloridas são distribuídas e justapostas buscando uma arte pura.

Segundo Mondrian, cada coisa, seja uma casa, seja uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por tráz de sua aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no universo. O papel do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia universal.

Ele procura, pesquisa e consegue um equilíbrio perfeito da composição, despojado de todo excesso da cor, da linha ou da forma.
Em 1940, Mondrian foi para Nova York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. É a série dos quadros boogie-woogie.

Futurismo


O FUTURISMO



Esta corrente nasceu em Itália e foi um movimento que se manifestou primeiramente na literatura para, mais tarde, se estender às artes plásticas, à arquitectura, à música, ao cinema, etc. O seu surgimento, datado de 1909, foi marcado pelo Manifesto Futurista do poeta Filippo Marinetti. Nesse texto, o autor apresentava como pontos fundamentais a recusa da harmonia e do bom gosto, do geometrismo intelectual dos cubistas, bem como do sensualismo cromático dos fauvistas, propondo uma nova poética que combatia qualquer forma ligada à tradição e fazia a exaltação da civilização industrial com tudo o que ela comportava – o movimento da máquina e da velocidade -, fazendo uma total assunção da sociedade moderna e industrial.



«Os elementos essenciais da nossa poesia serão o valor, a ousadia e a rebelião. Declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um automóvel de corridas é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.»

Marinetti, Primeiro Manifesto Futurista, 1909


Características fundamentais

Apologia da máquina, da velocidade, da luz e da própria sensação dinâmica;
Libertação e exaltação das energias;
Exaltação do presente, da velocidade e das formas dinâmicas produzidas pela civilização, reflectindo a vida moderna;
Alternância de planos e sobreposição de imagens, ora fundidas, ora encadeadas, para dar a noção de velocidade e dinamismo;
Arabescos contorcidos, linhas circulares emaranhadas, espirais e elipses;
Geometrização dos planos em ângulo agudo, mais dinâmico, abolindo totalmente os ângulos rectos cubistas na organização espacial, permitindo a sugestão da fragmentação da luz;
Cores muito contrastadas, em composições violentas e chocantes.

O CUBISMO

O Cubismo foi uma tendência artística moderna, surgida em 1906, segundo a qual, o quadro (ou escultura) devem ser considerados como factos plásticos independentes da imitação directa das formas da Natureza.

A denominação de Cubisme tem origem numa observação feita por Matisse junto de um quadro de uma paisagem de Georges Braque no Salão de Outono de 1908. Cézanne, que nunca renunciara completamente ao uso da perspectiva tradicional, nem a pintar de outro modo que não fosse a
partir da Natureza, tinha como princípio que tudo na Natureza podia ser traduzido (abstraído) pelas formas geométricas básicas, como o cilindro, a esfera e o cone. Georges Braque inspirara-se neste princípio, para se exprimir no seu quadro, através de planos fortemente acusados e sem recorrer à técnica do modelado. Matisse referira-se a “petits cubes”, junto ao crítico de arte Louis Vauxcelles, que, viria a utilizar num artigo o termo Cubisme, pela primeira vez.

Pablo Picasso, por seu lado, havia pintado desde 1906/7, sob influência da Arte Negra, Les Demoiselles d’Avignon, uma pintura de simplificações violentas e elementares. (A Arte Negra havia sido descoberta por Maurice Vlaminck e propagandeada pelos Fauves.)

A Origem do Cubismo:

“Grupe du Bateau-Lavoir”, o grupo de artistas do Bateau-Lavoir (o lavadouro-flutuante) constituiu-se numa casa da praça Ravignan, em Paris, no bairro de Montmartre, tinha uma escadaria em madeira e no interior algumas particularidades que lhe valeram este nome.

Picasso tinha-a alugado desde 1904.

Picasso, Braque, Juan Gris, Max Jacob e Van Dongen habitaram esta casa onde se deu a invenção do Cubismo.

Fernand Leger juntou-se ao grupo em 1908.

De 1908 a 1914 aí se encontravam também os poetas e os artistas amigos de Guillaume Apollinaire. Guillaume Apollinaire, 1880/1918, foi um poeta e escritor francês que publicou revistas, livros e romances, e ensaios e críticas sobre pintura como les Peintres cubistes em 1913. Publicara em 1911, o “Cortège de Orphée”.

Apollinaire esteve á cabeça das vanguardas do cubismo literário e do cubismo artístico. Introduziu algumas audacias formais, como a supressão da pontuação nos seus poemas e adoptou curiosas disposições tipográficas. Viria a ser precursor do Surrealismo. É considerado o primeiro dos poetas modernos franceses, tendo as suas obras influenciado profundamente a poesia moderna.

Princípios Estéticos:

No Cubismo pretende-se representar os objectos retirando-lhes, abstraindo, a sua “aparência imediata”; a aparência das coisas, e, como adversários da representação directa dos objectos, pretendiam partindo da ciência e dos seus métodos, criar uma arte inteiramente nova, que se dirigisse especialmente á inteligência e ao espírito.

(O Cubismo rejeita os efeitos pictóricos sedutores e a representação de sensações ao modo Impressionista).

O pintor Cubista, representa simultaneamente na tela, vários aspectos de um mesmo objecto, (Simultaneísme: a representação de vários aspectos de um objecto na mesma tela; forma de expressão poética que procura exprimir a multitude fazendo falar ao mesmo tempo, no poema, várias vozes misturadas com os ruídos do mundo; é também uma técnica cinematográfica e de romance), ou seja, representa aquilo que conhece ou entende ser o objecto, e não apenas a imagem óptica desse objecto.

O Cubismo rejeita a representação num espaço pictórico projectado para além do plano do quadro, (como a perspectiva Renascentista, que se baseava num espaço ilusionista para lá do plano da tela), em vez disso, cria um espaço “estreito”, um campo pictórico que aceita a materialidade objectiva da tela, e nesta desenvolve uma superfície onde os objectos plásticos se situam e se interrelacionam. Esta característica virá a marcar profundamente a Arte de todo o século XX.

Em 1912 surge a técnica inovadora da collage, tentando demonstrar que o quadro pode ser um objecto capaz de sensibilizar o observador, apenas pela simples disposição, (com uma certa ordem determinada pelo artista), dos elementos materiais que o compõem; e que, por outro lado, não é necessário que estes elementos tenham qualquer afinidade entre si (areia, vidro, espelho, tecido, etc.), podendo mesmo ser objectos do quotidiano (fragmentos de papel de jornal, papel de parede, etc.), agora investidos com um valor estético.

As letras e os números, quer pintados sobre a tela, quer impressos, bem como as texturas, aparecem como elementos meramente estéticos ou formais, ou ainda como evocadores de outras realidades, literárias, jornalísticas, sociais, etc.

O fundamental é a criação de um “facto plástico”, um Object d’Art, uma situação estética concreta, independente de toda a intenção de imitação.

Após ter início com Braque e Picasso, vieram a aderir ao Cubismo, Fernand Léger em 1908; Robert Delaunay, Gleizes, Le Fauconier, Metzinger, Francis Picabia e o escultor russo Archipenko em 1909; Roger La Fresnaye, Marcoussis, Jacques Villon (Gaston Duchamp) e seu irmão Marcel Duchamp em 1910; a adesão de Juan Gris e a fundação do “Salon de la Section d’Or”, em 1911.

Em 1912, Gleizes e Metzinger publicam o livro Du cubisme e em 1913 Apollinaire publica les Peintres cubistes, méditations esthétiques.

A partir de 1913, o Cubismo difunde-se pela Europa e pela América.

O Cubismo foi um movimento em pintura e escultura, e a sua acção influenciou consideravelmente o gosto e a moda, a partir de 1920, especialmente nas Artes Decorativas.

O Cubismo é um Movimento Abstracionista, ou um Abstracionismo, e não uma Arte figurativa, visto já não se basear directamente na imitação da Natureza, mas, também não será ainda uma Arte Abstracta, porque a Arte do Cubismo se refere ainda a objectos reais, quer formalmente, quer nos próprios títulos que os artistas atribuíram ás suas obras.

O Cubismo está pois a meio caminho entre a Arte Figurativa e a Arte Abstracta, a isso se atribui o termo de Abstracionismo. O Abstracionismo é pois, uma “tendência para a arte não figurativa”.

O Cubismo como movimento de Avant-Garde, dura de 1910 a 1914, e podemos distinguir as seguintes fases:

- Pré-Cubismo ou Fase Cézaniana 1907/9. Influência da obra final de Cézanne, especialmente as suas paisagens na obra de Picasso e Braque, (“les petits cubes”). Esta fase é anterior ao Movimento Cubista.

1º- Cubismo Analítico 1910/13. Vistas simultâneas em várias posições dos objectos, fragmentação dos objectos; cores escuras, cinzentos e castanhos pintados em planos angulosos; experimentalismo, introdução de letras e números, inicialmente pintados e mais tarde em papeis colados sobre a tela, o papier collé em 1912 (a invenção desta técnica deve-se a Matisse); mais tarde introdução de outros materiais e texturas, a collage.

2º- Cubismo Sintético 1913/14. A pintura perde o caracter fragmentário para que as várias partes e texturas se submetam a uma composição global, reintrodução da cor.

Dadaismo


A arte dadá nasceu em Zurique, em 19l6, na época da guerra. A neutralidade desta cidade tornou-a refúgio de artistas plásticos, desertores, políticos e escritores de toda a Europa. A decepção que experimentavam com os horrores da guerra levou-os a criar um movimento na intenção de provocar, ironizar e negar os conhecimentos e habilidades da estética tradicionalmente aceita e admirada.

Cubismo


Esta corrente, Fauvismo, constituiu a primeira vaga de assalto da arte moderna propriamente dita. Em 1905, em Paris, no Salon d’Automne, ao entrar na sala onde estavam expostas obras de autores pouco conhecidos, Henri Matisse, Georges Rouault, André Derain, Maurice de Vlaminck, entre outros, o crítico Louis de Vauxcelles julgou-se entre as feras (fauves).As telas que se encontravam na sala eram, de facto, estranhas, selvagens: uma exuberância da cor, aplicada aparentemente de forma arbitrária, tornava as obras chocantes. Caracteriza-se pela importância que é dada à cor pura, sendo a linha apenas um marco diferenciador de cada uma das formas apresentadas. A técnica consiste em fazer desaparecer o desenho sob violentos jactos de cor, de luz, de sol.

Características fundamentais

Primado da cor sobre as formas: a cor é vista como um meio de expressão íntimo;

Desenvolve-se em grandes manchas de cor que delimitam planos, onde a ilusão da terceira dimensão se perde;

A cor aparece pura, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas directas e emotivas;

Autonomiza-se do real, pois a arte deve reflectir a verdade inerente, que deve desenvencilhar-se da aparência exterior do objecto;

A temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social, política ou outra.

Os planos de cor estão divididos, no rosto, por uma risca verde. Do lado esquerdo, a face amarela destaca-se mais do fundo vermelho, enquanto que a outra metade, mais rosada, se planifica e retrai para o nível do fundo em cor verde. Paralelos semelhantes podemos ainda encontrar na relação entre o vestido vermelho e as cores utilizadas no fundo.

A obra de arte nasce, por isso, autónoma em relação ao objecto que a motivou.dos temas mais característicos do autor, onde sobressaem os padrões decorativos.

A linguagem é plana, as cores são alegres, vivas e brilhantes, perfeitamente harmonizadas, não simulando profundidade, em total respeito pela bidimensionalidade da tela.

A cor é o elemento dominante de todo o rosto. Esta é aplicada de forma violenta, intuitiva, em pinceladas grossas, empastadas e espontâneas, emprestando ao conjunto uma rudeza e agressividade juvenis.

Estudo dos efeitos de diferentes luminosidades, anulando ou distinguindo efeitos de profundidade.

Expressionismo


Esta corrente surgiu em 1905 com o movimento Die Brücke (A Ponte), prolongando-se, sob novas formas estéticas, com o movimento Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), nascido por volta de 1911. Preocupa-se com as manifestações do mundo interior e a forma de o expressar. Pelas suas características, o Expressionismo desenvolveu-se mais na pintura, dando continuidade a um trabalho iniciado por Van Gogh, Cézane e Gauguin.
Contemporâneo do movimento fauve, o Expressionismo tinha como objectivo combater a arte do passado, condicionada pela tradução da realidade objectiva, reagindo contra a arte académica e contra o Impressionismo, assim como contra as consequências nefastas da era industrial.
Era um grito de revolta individual contra uma sociedade excessivamente moralista e hierarquizada, onde as inquietações da alma raramente se podiam expressar, abafadas por normas e preconceitos. Volta-se simultaneamente para a sátira e para o patético, exprimindo-se com virulência e por processos de deformação subjectivos, traduzindo a angústia perante o progresso desenfreado e desumano característico da sociedade industrial.

Edvard Munch, O Grito, 1898

Esta obra, precursora do movimento expressionista, apresenta características que, mais tarde, seriam típicas desta corrente: cores fortes e contrastantes, distorção do rosto e do corpo, pinceladas rudes e violentas, contornos grosseiros, que traduzem a angústia, a opressão, a violência psicológica patentes no quadro.


Características fundamentais

É uma arte impulsiva e fortemente individual;
Utiliza grandes manchas de cor, intensas e contrastantes, aplicadas livremente;
O seu vocabulário estético reduz-se a formas primitivas e simples;
Formas distorcidas e forma caricatural do desenho, no sentido de se obter maior expressividade;
Contornos fortes e grosseiros;
Temática pesada, que privilegia a angústia, o desespero, a morte, o sexo, a miséria social, com o objectivo de abalar as estruturas burguesas da sociedade e a mentalidade conservadora que se fazia sentir.

Arte Nova






A Arte Nova foi tardia e de pouca duração em Portugal. Teve início por volta do ano de 1905 e terminou 15 anos mais tarde em 1920. Os princípios estéticos adoptados pela Arte Nova portuguesa era semelhantes ao do estilo que já proliferava na Europa; a influência francesa foi a que mais se fez notar nas construções deste estilo no território português. A aplicação da Arte Nova em Portugal deveu-se sobretudo à acção da burguesia urbana, que nas cidades de Lisboa, Porto e Aveiro, desenvolveram edifícios marcantemente deste estilo. A aparição de obras Arte Nova no país deveu-se à pura continuidade artística.

Arte Nova
A Arte Nova foi um estilo estético essencialmente de design e arquitectura que também influenciou o mundo das artes plásticas. Era relacionado com o movimento arts & crafts e que teve grande destaque durante a Belle époque, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Relaciona-se especialmente com a 2ª Revolução Industrial em curso na Europa com a exploração de novos materiais (como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética) e os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida que teve grande influência nos cartazes. Devido à forte presença do estilo naquele período, este também recebeu o apelido de modern style (do inglês, estilo moderno).
O nome surgiu de uma loja parisiense (capital internacional do movimento), chamada justamente Art nouveau e que vendia mobiliário seguindo o estilo. Caracteriza-se pelas formas orgânicas, escapismo para a Natureza, valorização do trabalho artesanal, entre outros. O movimento simbolista também influenciou o art nouveau. Recebeu nomes diversos dependendo do país em que se encontrava: Flower art na Inglaterra, "Modern Style", "Liberty" ou "stilo Floreale" na Itália. Os alemães criam sua própria vertente de Art Nouveau chamada Jugendstil.
No que diz respeito à arquitectura, o facto de não existirem propriamente traços estruturais nem volumetrias próprias, esta desenvolve-se subsidiária da arquitectura tradicional portuguesa. Um dos maiores aspectos relevantes é a utilização de materiais e técnicas inovadoras tais como o uso de massa de cimento.
Por ser considerada uma arte bela «com proporção, carácter e harmonia, intensidade original como expressão e conceito» (por Adães Bermudes) o principal ponto de aplicação da Arte Nova era na decoração e ornamentação. Portões, varandas e escadarias eram trabalhadas minuciosamente por habilidosos artesãos que davam as pessas os contornos típicos do estilo. A tónica ornamental florista, naturalista e curvilínea era uma constante nos pormenores dos edifícios.
Edifícios em estilo Arte Nova são particularmente comuns em Aveiro e Caldas da Rainha. Em Lisboa, a Casa - Museu Dr. Anastácio Gonçalves é um bom exemplo da variante portuguesa do estilo. No Porto, temos como exemplos, o Café Majestic, a Livraria Lello e Irmão e habitações na Rua da Galeria de Paris e Rua Cândido dos Reis.
Em Portugal foi comum, mais que a arquitectura, a decoração de fachadas e interiores com azulejos em estilo Arte Nova, como se comprova em muitos edifícios do final do século XIX e início do século XX.

A pintura propriamente dita de tela não foi muito abundante; existem apenas alguns pormenores decorativos nalgumas obras de Luciano Freire, ou aindo o auto-retrato de Amadeu de Souza-Cardoso. Grande parte da pintura foi feita na azulejaria que decorava os edifícios. Diversas fábricas produziam os azulejos que depois serviam para ornamentar frontões, frisos, ou mesmos grandes superfícies de parede. Algumas dessas fábricas são a Fábrica de Loiça de Sacavém, do Desterro ou a de Constância.

sábado, junho 04, 2011

Claude Monet

Claude Monet nasceu em Paris, em 14 de novembro de 1840. Quando tinha cinco anos, sua família mudou-se para Sainte-Adresse, perto do Havre, e ali o futuro mestre começou a pintar. Com menos de 15 anos Monet já era conhecido em sua cidade por retratar personalidades importantes.

Duas influências marcantes despertaram-lhe o interesse pela luz e pela cor: descobriu as gravuras do japonês Hokusai e a pintura de Eugène Boudin, que o iniciou na prática, então pouco comum, de realizar estudos da natureza ao ar livre.

Em 1859 e 1860, o jovem pintor esteve em Paris, onde se entusiasmou com a escola de Barbizon, recusou-se a ingressar na Escola de Belas-Artes e preferiu visitar os locais freqüentados pelos inovadores da época.

Passou a trabalhar na Academia Suíça, onde conheceu Camille Pissarro, mas o serviço militar na Argélia interrompeu-lhe a experiência.

Em 1862, Monet voltou a Paris para estudar no ateliê do academicista Charles Gleyre, onde conheceu Frédéric Bazille, Alfred Sisley e Renoir. Levava então vida nômade e de freqüentes dificuldades, apesar do sucesso do retrato de Camille Doncieux, sua mulher, ou de "A varanda à beira-mar perto do Havre" (1866).

Para evitar a guerra franco-prussiana, Monet foi para Londres, onde fez contato com representantes das vanguardas francesas e com o marchand Paul Durand-Ruel, mais tarde seu agente. Foi o tempo de "O Parlamento de Londres" (1871), após conhecer as obras dos mestres ingleses, inclusive Constable e Turner.

De volta à França, Monet instalou-se em 1876 em Argenteuil, à margem do Sena, e realizou suas mais famosas séries, como "A estação de Saint-Lazare" (1877), "Os álamos" (1891) e "A catedral de Rouen" (1892), em que as mesmas cenas foram representadas em horas diversas, em diferentes condições de luz.

Em sua casa em Giverny, também perto do Sena, a partir de 1883 Monet cultivou nenúfares, motivo de seus últimos quadros, como a série "Ninféias", que preludia a arte abstrata, pintada quando o artista já sofria graves distúrbios de visão.

Monet morreu em Giverny, em 5 de dezembro de 1926.

Karl Marx

Teórico do socialismo, Karl Marx estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim, mas sempre demonstrou mais interesse pela história e pela filosofia. Quando tinha 24 anos, começou a trabalhar como jornalista em Colônia, assinando artigos racial-democratas que provocaram uma grande irritação nas autoridades do país.
Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel (Georg Wilhelm Friedrich, um dos mais importantes, um dos mais influentes filósofos alemães do século 19), Marx começou ater mais familiaridade dos problemas econômicos que afetavam as nações quando trabalhava como jornalista.
Após o casamento com uma amiga de infância (Jenny von Westplalen), foi morar em Paris, onde lançou os "Anais Franco-Alemães", órgão principal dos hegelianos de esquerda. Foi em Paris que Marx conheceu Friedrich Engels, com o qual manteve amizade por toda a vida.
Na capital francesa, a produção de Marx tomou um grande impulso. Nesta época, redigiu "Contribuição à crítica da filosofia do direito de Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hegeliana, escreveu, com Engels, "A Sagrada Família", "Ideologia alemã" (texto publicado após a sua morte).
Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Bélgica, o economista intensificou os contatos com operários e participou de organizações clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", o primeiro esboço da teoria revolucionária que, anos mais tarde, seria denominada marxista.
Neste trabalho, Marx e Engels apresentam os fundamentos de um movimento de luta contra o capitalismo e defendem a construção de uma sociedade sem classe e sem Estado. No mesmo ano, foi expulso da Bélgica e voltou a morar em Colônia, onde lançou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favoráveis aos operários.
Expulso da Alemanha, foi morar refugiado em Londres, onde viveu na miséria. Foi na capital inglesa que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de história e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre política exterior.
Em 1864, foi co-fundador da "Associação Internacional dos Operários", que mais tarde receberia o nome de 1ª Internacional. Três anos mais tarde, publica o primeiro volume de sua obra-prima, "O Capital".
Depois, enquanto continuava trabalhando no livro que o tornaria conhecido em todo o mundo, Karl Marx participou ativamente da definição dos programas de partidos operários alemães. O segundo e o terceiro volumes do livro foram publicados por seu amigo Engels em 1885 e 1894.

Desiludido com as mortes de sua mulher (1881) e de sua filha Jenny (1883), Karl Marx morreu no dia 14 de março. Foi então que Engels reuniu toda a documentação deixada por Marx para atualizar "O Capital".
Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadêmicos de sua época, Karl Marx é um dos pensadores que mais influenciaram a história da humanidade. O conjunto de suas idéias sociais, econômicas e políticas transformou as nações e criou blocos hegemônicos. Muitas de suas previsões ruíram com o tempo, mas o pensamento de Marx exerceu enorme influência sobre a história.

James Watt

James Watt

Inventor escocês (19/1/1736-25/8/1819), criador da máquina a vapor. Nasce em Greenock e desde cedo tem acesso às oficinas do pai, um bem-sucedido construtor de navios e prédios residenciais. Desenvolve habilidade para lidar com forjas e fazer objetos como pequenos guindastes e tonéis. Aos 17 anos inicia os estudos de mecânica em Londres.

Planeja especializar-se na elaboração de instrumentos matemáticos, como compassos, esquadros e escalas. Em menos de um ano, com problemas de saúde, é obrigado a voltar para a Escócia. Em 1757 trabalha na Universidade de Glasgow, onde fabrica e conserta instrumentos de precisão utilizados nos laboratórios.

James Watt Dois anos depois, pesquisa o vapor como força motriz. Em 1763 recebe a máquina com motor a vapor de Thomas Newcomen para reparos. É o equipamento mais avançado da época, e ele começa a investigar suas deficiências. Entre outras modificações, acopla um aparelho condensador de vapor à máquina de Newcomen, o que dá origem ao primeiro motor a vapor de uso universal.

Obtém a primeira patente do invento em 1769 e nos anos seguintes aperfeiçoa o protótipo. Associado ao industrial Matthew Boulton, constrói suas primeiras máquinas no início de 1770. Em 1784 desenha a locomotiva a vapor e utiliza pela primeira vez o termo cavalo-de-força (horse power). A unidade watt de potência deriva de seu nome. Morre em Heartfield Hall, perto de Birmingham, Reino Unido.

Maquina a Vapor

É a denominação dada a qualquer motor que funcione pela transformação de energia térmica em energia mecânica através da expansão do vapor de água. A pressão adquirida pelo vapor é utilizada para deslocar êmbolos que permite o movimento das rodas de potentes locomotivas. Pode ainda ser empregada, pela transformação em energia cinética, ou energia de movimento, em imensas turbinas que impulsionam geradores elétricos e gigantescos transatlânticos. Bombas, bate-estacas e muitas outras máquinas são comandadas por máquinas à vapor.

O desenvolvimento da máquina à vapor no século XVIII contribuiu para a expansão da indústria moderna. Até então, os trabalhadores era executados na dependência exclusiva da potência dos músculos dos operários e da energia animal. Do vento ou da água. Uma única máquina à vapor realizava o trabalho de centenas de cavalos. Fornecia a energia necessária para acionar todas as máquinas de uma fábrica. Uma locomotiva à vapor podia deslocar cargas pesadas a grandes distância em um único dia. Os navios à vapor ofereciam transporte rápido, econômica e seguro.

Como funciona uma máquina à vapor

Uma máquina à vapor não cria energia, utiliza o vapor para transformar a energia calorífica liberada pela queima de combustível em movimento de rotação e movimento alternado de vaivém, afim de realizar trabalho. Uma máquina à vapor possui uma fornalha, na qual se queima carvão , óleo, madeira ou algum outro combustível para produzir energia calorífica. Em uma usina atômica um reator funciona como uma fornalha e a desintegração dos átomos gera o calor. Uma máquina à vapor dispõe de uma caldeira. O calor proveniente da queima de combustível leva a água a transformar-se, e ocupa um espaço muitas vezes maior que o ocupado pela água.

Essa energia de expansão pode ser aproveitada de duas formas: (1) deslocando um êmbolo num movimento vaivém ou (2) acionando uma turbina.

Maquina a vapor de êmbolo

As máquinas à vapor desse tipo possuem êmbolos que deslizam com um movimento vaivém no interior do cilindro. Vários sistemas de válvulas permitem a admissão do vapor no cilindro e a conseqüente impulsão da êmbolo, primeiro em um sentido e depois em outro, antes de deixar escapar o vapor já usado. Estas máquinas são geralmente denominadas máquinas de movimento alternado, ou alternativo, por causa do movimento vaivém, ou alternado de seus êmbolos. Os martelos à vapor utilizados para cravar estacas e os empregados para forjar metais requerem este tipo de movimento. Uma locomotiva, entretanto, necessita de um movimento giratório para acionar suas rodas. Esse movimento giratório é obtido ligando-se um virabrequim às extremidades do êmbolo. Em alguns tipos de máquinas à vapor de movimento alternado, denominado máquina compound, ou de sistema, o vapor flui através de quatro cilindros de diâmetro e opera quatro êmbolos.

HISTÓRIA

Herão, matemático e físico que viveu na Alexandria, Egito, descreveu a primeira máquina à vapor conhecida em 120 a.C. A máquina consistia em uma esfera metálica, pequena e oca montada sobre um suporte de cano proveniente de uma caldeira de vapor. Dois canos em forma de L eram fixados na esfera. Quando o vapor escapa por esses canos em forma de L, a esfera adquiria movimento de rotação. Este motor, entretanto não realizava nenhum trabalho útil. Centenas de anos depois, no séc. XVII, as primeiras máquinas à vapor bem - sucedida foram desenvolvidas.

As primeiras máquinas a vapor

Operavam utilizando-se mais da propriedade de o vapor condensar-se de novo em líquido do que de sua propriedade de expansão. Quando o vapor se condensa, o líquido ocupa menos espaço que o vapor. Se a condensação tem um lugar em um recipiente fechado, cria-se um vácuo parcial, que pode realizar trabalho útil.

Em 1698, Thomas Savery (1650-1715), mecânico inglês, patenteou a primeira máquina à vapor realmente prática, uma bomba para drenagem de água de minas. A bomba de Savery possuía válvulas operadas manualmente, abertas para permitir a entrada de vapor em um recipiente fechado. Despejava-se água fria no recipiente para resfriá-lo e condensar o vapor. Uma vez condensado o vapor, abria-se uma válvula de modo que vácuo no recipiente aspirasse a água através de um cano.

Em 1712, Thomas Newcomen (1663-1729), ferreiro inglês, inventou outra máquina à vapor para esvaziamento da água de infiltração das minas. A máquina de Newcomen possuía uma viga horizontal à semelhança de uma gangorra, da qual pendiam dois êmbolos, um em cada extremidade, Um êmbolo permanecia no interior de um cilindro, Quando o vapor penetrava no cilindro, forçava o êmbolo para cima, e acarretava a decida de outra extremidade. Borrifa-se água fria no cilindro, o vapor se condensava e o vácuo sugava o êmbolo de novo para baixo. Isto elevava o outro extremo da viga, que se ligava ao êmbolo de uma bomba na mina.

Voltaire

Voltaire, cujo nome verdadeiro era François Marie Arouet, nasceu em novembro 21, 1694, em Paris (França), em uma família burguesa. Ele estudou na escola brilhante melhores e mais caros em Paris, no Colégio jesuíta Louis-le-Grand. Em paralelo à educação rígida e religiosa dos jesuítas, a sociedade Voltaire freqüentemente licencioso do Templo, onde descobre um espírito livre que quer libertar-se da religião e da monarquia. Em 1713, ele abandonou seus estudos de direito e de uma breve estadia em The Hague, onde é secretário da embaixada, mas um caso com um jovem huguenote retorna a Paris. Lá, ele decidiu dedicar sua vida a escrever. En1717, ele foi internado na Bastilha por versos que descrevem a relação incestuosa do Regente. Durante os onze meses de sua internação, ele terminou de escrever a tragédia de Édipo, que está enfrentando um tremendo sucesso em 1718. Foi então que ele escolheu o seu pseudónimo, que é simplesmente um anagrama de Arouet L (E) J (eune) (as letras U e V, J e eu escrito a forma como este tempo). Em 1726, opôs o cavaleiro de Rohan-Chabot e fez outra viagem para a Bastilha. Na saída da prisão, Voltaire deve exílio por três anos na Inglaterra, antes de fazer seu retorno para a sociedade de Paris, em 1729. Ela brilha através de seu talento como cantora entrega de peças bonitas "Brutus" em 1730, "Zaire" em 1732 ", Le Mondain" em 1736, "Maomé", em 1742, "Merope" em 1743. Esse talento atiçar a curiosidade de o rei que faz seu biógrafo em 1744. Mas o espírito zombeteiro de Voltaire vai ganhar-lhe a sua desgraça. Em 1758 ele comprou uma fazenda de Ferney (perto de Genebra). Lá, ele descobriu uma paixão para a construção de uma nova sociedade. Ele estabeleceu o seu campo, então toda a região, ele construiu casas, feitas cultivar os campos, o desenvolvimento da pecuária, ergue-se algumas indústrias (ver e meias de seda) e traz prosperidade para a região. Voltaire em sua vida se tornou um mito, e em 1778 por seu grande retorno a Paris, ele recebeu uma multidão e os membros da Academia Francesa, que estão pagando seus tributos. Voltaire morreu Maio 30, 1778, em Paris. Poucos meses antes de sua morte, ele escreveu ao seu secretário: "Eu morro adorando a Deus, amando meus amigos, não odeio meus inimigos, detestando a superstição". Apesar destas palavras de paz e sabedoria, Voltaire é considerado um dos arquitetos da Revolução Francesa. Cinzas de Voltaire, também são transferidos para o Panteão julho 11, 1971.
Rousseau não conheceu a mãe, pois ela morreu no momento do parto. Foi criado pelo pai, um relojoeiro, até os 10 anos de idade. Em 1722, outra tragédia familiar acontece na vida de Rousseau, a morte do pai. Na adolescência foi estudar numa rígida escola religiosa. Nesta época estudou muito e desenvolveu grande interesse pela leitura e música.

No final da adolescência foi morar em Paris e, na fase adulta, começou a ter contatos com a elite intelectual da cidade. Foi convidado por Diderot para escrever alguns verbetes para a Enciclopédia.

No ano de 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos. Refugiou-se na cidade suíça de Neuchâtel. Em 1765, foi morar na Inglaterra a convide do filósofo David Hume.

De volta à França, Rousseau casou-se com Thérèse Levasseur, no ano de 1767.

Escreveu, além de estudos políticos, romances e ensaios sobre educação, religião e literatura. Sua obra principal é Do Contrato Social. Nesta obra, defende a idéia de que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o conduz a degeneração. Afirma também que a sociedade funciona como um pacto social, onde os indivíduos, organizados em sociedade, concedem alguns direitos ao Estado em troca de proteção e organização.

Obras principais

- Discurso Sobre as Ciências e as Artes
- Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens
- Do Contrato Social
- Emílio, ou da Educação
- Os Devaneios de um Caminhante Solitário

Frases

- "O mais forte não é suficientemente forte se não conseguir transformar a sua força em direito e a obediência em dever"
- "Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade"
- "A razão forma o ser humano, o sentimento o conduz."
- "O homem de bem é um atleta a quem dá prazer lutar nu."
- "O maior passo em direção ao bem é não fazer o mal."
- "Bastará nunca sermos injustos para estarmos sempre inocentes?"
- "A paciência é muito amarga, mas seus frutos são doces."
- "As boas ações elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras".
- "Quem enrubesce já é culpado; a verdadeira inocência não tem vergonha de nada."
- "O ser humano verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada."
- "Para conhecer os homens é preciso vê-los atuar."

MONTESQUIEU

Montesquieu nasceu numa família nobre francesa. Estudou numa escola religiosa de oratória. Após concluir a educação básica, foi estudar na Universidade de Bordeaux e depois em Paris. Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente, com aqueles que criticavam a monarquia absolutista.

Com a morte do pai em 1714, retornou para a cidade de Bordeaux, tornando-se conselheiro do Parlamento da cidade. Nesta fase,viveu sob a proteção de seu tio, o barão de Montesquieu. Com a morte do tio, Montesquieu assume o título de barão, a fortuna e o cargo de presidente do Parlamento de Bordeaux.

Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens começou a observar o funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas. Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo modelo de governo.

Em 1729, enquanto estava em viagem pela Inglaterra, foi eleito membro da Royal Society.

Montesquieu morreu em 10 de fevereiro de 1755, na cidade de Paris.

Visão política e idéias

- Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei).

- Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política.

- Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito as leis.

- Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Obras principais

- Cartas Persas (1721)

- O Espírito das Leis (1748)

- Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência

- Contribuições para a Encclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)

sábado, abril 02, 2011

CAPA

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE ALFÂNDEGA DA FÉ




HISTÓRIA




A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL




O Professor: João Nunes
O Aluno: Catarina Fernandes 8ºB Nº3
ANO LECTIVO 2010/2011